MOSSORÓ, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

BACIA POTIGUAR: DA CRISE AO CENÁRIO DE NOVAS OPORTUNIDADES

 



O RN detém cerca de um terço das reservas brasileiras de petróleo e gás natural em terra com aproximadamente 300 milhões de barris de óleo equivalente. A retomada da atividade é decisiva para a economia potiguar, já que o setor responde por 13% do PIB do RN

O estado vivenciou a descoberta, a abundância, o apogeu e também a desaceleração de uma atividade, que, mais do que nunca, busca forçosamente se erguer, para o bem da economia do Rio Grande do Norte. A abertura do mercado para novas companhias projeta novas perspectivas, um leque de possibilidade de remodelagem de negócios e dá fôlego aos empreendedores que já estão, ou almejam entrar, nesse setor.

Não há informações precisas. Estima-se que a redução dos investimentos da Petrobras tenha provocado impacto negativo de 13 mil postos de trabalho no RN. De acordo com dados da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), o comércio de municípios da região registrou uma retração gradativa que já ultrapassa os 30% em função da desaceleração da atividade

O processo de desinvestimento da Petrobras trouxe uma ressaca para a cidade e região em termos de emprego e investimentos. E o comércio nos últimos seis anos sentiu esse abalo, uma vez que a companhia abraçou toda a cadeia produtiva, que é composta por uma série de empresas prestadoras de serviço e um pessoal qualificado especialmente para essas empresas”, explica o presidente da ACIM, José Carlos Matos.

Recuo É indiscutível que a produção caiu e atualmente chega a 46 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), mas esse volume já chegou a atingir o pico de 112 mil boed. Isso se explica pelo número de poços em desenvolvimento, que teve uma brusca redução, passando de 308, em 2015, para apenas 37 no ano passado. Os exploratórios acompanharam essa curva e decaíram de 37 para nenhum nos respectivos anos. As prospecções por novas áreas também foram minando. Enquanto se notificava entre 30 e 20 novas descobertas em meados de 2009 e 2012, a quantidade despencou a ponto de se notificar apenas uma nova área no ano passado.

Sobre os motivos para os desinvestimentos da petroleira na atividade terrestre, a Petrobras informou via assessoria de imprensa que “todos os campos que já passaram pelo pico de produção são considerados maduros, e apresentam declínio natural da produção. Nos últimos anos, alguns fatores contribuíram para acentuar esse declínio, dentre eles, a redução na injeção de vapor em virtude da crise hídrica no RN. Esse vapor é fundamental para se extrair o petróleo pesado que compõe parte das jazidas do estado”.

Entretanto, segundo estudo da FGV Energia, a falta de investimentos no onshore se explica pela opção brasileira de exploração em águas profundas e ultra profundas a partir dos anos 90. “Após 20 anos de produção, em média, grande parte dos hidrocarbonetos permanece nos reservatórios de um campo, mesmo após o uso de métodos de recuperação secundários e terciários”, aponta o estudo

E são justamente esses campos que são alvos de operadoras independentes e pequenas companhias, apontadas como capazes de retomar o potencial da atividade petrolífera no RN e aquecer toda a cadeia produtiva com a aquisição de campos com poços marginais.

Desde o primeiro jorro de petróleo na cidade de Mossoró até a consolidação do maior campo produtor terrestre do Brasil, o Campo do Canto do Amaro, muita coisa mudou na atividade de exploração e produção de petróleo em terra no Rio Grande do Norte, sobretudo na região Oeste, onde estão concentrados os principais campos terrestres da bacia potiguar

O Brasil possui reservas de pouco mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente em terra, das quais cerca de 300 milhões estão no Rio Grande do Norte. No caso do gás natural, as reservas comprovadas chegam a 4 bilhões de metros cúbicos. No entanto, nos últimos quatro anos, a indústria petrolífera do estado e a sua cadeia de valor vêm atravessando uma fase turbulenta, notadamente em função dos desinvestimentos da Petrobras nos ativos terrestres. Com isso, na região de Mossoró, o desemprego subiu, empresas faliram ou mudaram de ramo e o estado passou a arrecadar menos de um setor, que representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) potiguar

O estado vivenciou a descoberta, a abundância, o apogeu e também a desaceleração de uma atividade, que, mais do que nunca, busca forçosamente se erguer, para o bem da economia do Rio Grande do Norte. A abertura do mercado para novas companhias projeta novas perspectivas, um leque de possibilidade de remodelagem de negócios e dá fôlego aos empreendedores que já estão, ou almejam entrar, nesse setor.

FONTE SEBRAERN

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Este é o LXXXVII do Portal Terras Potiguares News, Mossoró-RN, de responsabilidade do STRR PMRN – JOSÉ MARIA DAS CHAGAS, Mossoroense, nascido em 1961, o qual passei por todas as graduações da gloriosa e amada Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, do qual exerci as funções de Comandante de Destacamento de Polícia Militar, Tesoureiro, sargenteante e escrivão ad-hoc e estive Delegado de Polícia dos municípios de Apodi, Felipe Guerra, Itaú, Rodolfo Fernandes, Governador Dix-sept Rosado, Tenente Ananias, Marcelino Vieira e Severiano Melo, tendo instaurado mais de 300 inquéritos policiais

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